quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Agora o que era puro ferve e fica infame

Agora o que era puro, ferve, e fica infame... Quando ouvi essa frase pela primeira vez, ela soou tão bem aos meus ouvidos que eu queria publica-la, mas logo desisti ao ver que esse trecho, pertencia a letra de música de uma banda que eu confesso não ter um apreço muito grande.. mas ela faz tanto sentido agora que eu não posso deixar de comentar..
Quem já sofreu por uma desilusão amorosa, sabe bem do que eu falo, o namoro começa. Como todos os outros relacionamentos, de uma forma eufórica, nada mais importa além do seu (momentâneo) GRANDE AMOR. Promessas, juras, cartas, pedidos, desejos, corações, eis a etapa mais prazerosa, mas como nem tudo são rosas... Logo chega a primeira briga, o menino (se realmente gosta da menina) fica mal, perde o controle, fala bobagens, se arrepende, diz que ama. A menina por sua vez chora, desanda a falar, briga.. e o desfecho? a parte mias gostosa: a de fazer as pazes.. Um momento brando que acaba com o calor daquela discussão tensa..
O tempo passa o namoro vai caindo na rotina Os dois, se trabalharem juntos conseguem se manter juntos, senão nada feito. Certo, tudo vai ficando muito comum, o beijo é o mesmo, a pessoa é a mesma, tudo fica chatinho. Então começam as crises amorosas... Discussões seguidas de discussões, brigas, rejeições.. (ISSO EXPLICA O TE PERDOO POR TE TRAIR DO MESTRE CHICO) os dois lados começam a deixar a desejar... e BOOM explode tudo...
O namoro acaba, choros, sede de vingança, nesse momento mais que nunca se vê tudo aquilo que não era possível. Os defeitos, os mais peculiares erros se tornam notáveis, e ainda mais que isso são comentados...

Então... Agora o que era puro (O NAMORO LINDO AS PROMESSAS E TUDO JÁ CITADO) ferve e fica infame ;)





quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Do livro: O amor esquece de recomeçar de Fabricio Carpinejar...

Por esses dias, a criatividade tem tirado uns dias de folga.. não consegui escrever nada muito interessante, mas estou preparando algo que vai ser postado em fascículos.. vai ficar legal :D quando eu postar, espero receber comentários.. enfim. Enquanto a criatividade não paira por aqui, eu estava acompanhando algumas coisas no youtube, e um texto de Fabricio Carpinejar, me chamou muito a atenção...

TODA MANHÃ

A você, que tem um porta-retrato do filho ao lado do computador, com folhas atoladas na segunda gaveta, que não acredita em nada mais para não forçar a esperança a acreditar em você, que entrou neste livro talvez por acidente ou por curiosidade, que mal passou os olhos pela primeira linha e viu que não era com você, peço que fique mais um pouco para descobrir realmente que não é com você. Nada disso é com você; e tudo pode vir a ser. É com você, que nunca está satisfeita com a altura da cadeira, mas também não sabe como girar a manivela, que diminui os passos para escutar o bambu plagiando a chuva, que falo.

A você, que gostaria de ser mais percebida, mais elogiada, mais viva, que ninguém nota o vestido novo, o cabelo cortado, que chega ao trabalho pensando que causará outra impressão, e o espaço vai repetindo o dia anterior.

A você, que cuidou dos irmãos pequenos, que comprava cigarro para o pai e leite para a mãe, que teve que pular a janela para sair com os amigos.

A você que não está satisfeita com o emprego, com os hábitos, com o número das calças, com o guarda-roupa, com o guarda-chuva, que espera as próximas férias como um domingo prolongado, que gostaria de dormir mais e ser penteada pelo vento antes de acordar.

A você, cheia de expectativas, que se diplomou e pensou que tudo estaria resolvido, que se casou e pensou que tudo então estava pronto, que teve um filho e pensou que tudo estava chegando. Não a conheço, muito menos sei o que lhe aconteceu na infância, qual foi o primeiro namorado, a primeira transa, o primeiro choque, o primeiro porre, o primeiro do primeiro amor, o primeiro do último amor; é justamente a você que começo a escrever dentro de sua desistência.

A você, que nunca pensou que o riso também precisa de aquecimento para não se machucar em rugas, que deseja ler de manhã e viver o que se lê de tarde, e que não lê de manhã e nem vive de tarde, e sobra a noite para fazer de noite.

A você, que é uma promessa de cheiro, de chá, que coloca perfume nos pulsos e no pescoço, que tem receio de chorar onde não se chora, de falar o que não se deveria, que se controla e se autocensura para não se entregar.

A você, que passou a vida a disciplinar o desespero, que segura a bolsa perto do quadril, que é suave para olhar de canto.

A você, que está aqui e não se resolve, porque não é aqui que está, mas dentro daquilo que procura. Alguns procuram um endereço; outros, um sentido. A você, que escuta o sangue e não entende.

A você, que quer explicações para não se contentar com relatórios, para não se apaziguar em brincadeiras, que não usa relógio para não ser infiel à aliança, que repara as laranjas germinando abelhas na hora do almoço.

A você, que não duvida ao assinar o nome, mas troca invariavelmente a data.

A você, que em toda manhã regressa de seu mais fundo e ninguém repara o seu esforço para subir à superfície.

A você, que parece sombra quando a água passa, que parece água quando a sombra senta; a você quero dizer: eu desapareço em você.


Segue o video, com o texto adaptado pela cantora Ana Carolina.. (foi o de melhor qualidade que encontrei) :


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Epifanias I

Devaneios não hodiernos me tomam, vontades que a pouco eram um sonho, agora se tornaram um inferno, talvez pela reticencia que se faz presente em todos os atos, ainda que infimos, consideráveis, que eu venho ativamente cometendo. Tenho que confessar que nem pensadores mais, me fazem mudar o pensamento que eu tenho sobre certos fatos. Meu desejo agora, era poder colocar um ponto final em algumas coisas que não são tão fáceis assim de lidar..

A História da Lua...

Quando assisti ao X-men origens, aquele filme que conta a história do Wolverine.. Me surpreendi pois pensei que ia ser só mais um daqueles filmes utópicos da galera... mas uma parte me chamou atenção foi quando a atriz Lynn Collins (interpretando a personagem Kayla) explica Hugh Jackman (Wolverine) porque a Lua é tão solitária... E aqui vai a explicação:
Porque ela tinha um namorado, chamava-se Kuekuatsheu. Eles viviam juntos no mundo dos espíritos. E toda noite vagavam juntos pelo céu, mas um dos espíritos era ciumento, Trickster, ele queria a lua só pra ele. Então ele flou para kuekuathseu que a lua queria flores e disse para ele vir ao nosso mundo pegar rosas. Mas kuekuatsheu não sabia que ao sair do mundo dos espíritos nunca mais ia poder voltar. Agora toda noite ele olha para o céu, vê sua lua e uiva por seu nome, mas, ele nunca poderá tocá-la novamente